HISTORIA DA CIDADE

A fazenda Curralinho, cuja história remota a cerca de 200 anos, com o sobrado que lhe serviu de casa – grande, deu origem a primitiva promoção de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho, consequentemente, é atual cidade de Castro Alves. O sobrado, construído no final do século XIX pelo capitão-mor Antonio Brandão pereira Marinho Falcão, está localizado na praça Dionísio Cerqueira, no coração da cidade serrana.
No final do século XVIII, o paulista João Antunes da Silva Castro e sua mulher Ana da Silva Castro – bisavós de Castro Alves – fixaram-se na região, tornando-os senhores da vasta extensão de terras.
Nos primórdios do século XIX, chega ao povoado de Curralinho o mineiro João Evangelista dos Santos, que se casa em 1817, com Ana Constança da Silva Castro, tia-avó de Castro Alves, filha do casal dos pioneiros. Em 1820, João Evangelista, que se tornaria patriarca de numeroso e ilustre clã, a renda a fazenda Curralinho, vindo a adquiri-la em 30 de agosto de 1831, da então proprietária a viúva Ana Rita de Menezes, filha e herdeira do desvabrador Marinho Falcão. A casa-grande da fazenda ficou conhecida como de João Evangelista, que ali residiu até o se falecimento em 1861.
O topônimo Curralinho tem a sua origem nos pequenos currais que serviam de pouso pelas tropas que passavam pelo povoado com destino a Feira de Santana.
O florescente arraial foi elevado á categoria de vila mediante a lei provincial n° 1987, de 29/06/1880.por força da lei estadual n° 083
de 22/06/1895, obteve sua autonomia política administrativa, emancipando-se da comarca de Cachoeira. Por fim, a cidade de Curralinho passou a se chamar cidade Castro Alves, por força da lei estadual n° 360, de 25/07/1900, por iniciativa do então deputado estadual DR. Rafael Jambeiro, médico humanitário que serviu ao povo castroalvense.

Prefeitura Municipal de Castro Alves
Secretaria Municipal de Educação e Cultura

Características

No principio do século XVIII ,a Sesmaria do Aporá foi desmembrada em duas, uma das quais da a João Evangelista de Castro Tanajura, que veio a ser, tempos depois, o avô do poeta Antonio Frederico de Castro Alves (Castro Alves). O donatário em causa, para colonizá-lo procurou pessoas de recursos nos mais diversos lugares distribuindo-lhes terras do seu vasto domínio, com a condição de nelas iniciarem plantações, construírem moradias e currais. Coube ao Capitão-Mor Antonio Brandão Pereira Marinho Falcão, a primeira destas penetrações e estabelecer a construção da casa-sede da Fazenda Curralinho, no local onde se ergue a cidade, nascente do Rio Jaguaripe, à margem da Estrada das Boiadas de Minas Gerais para Feira de Santana.Tratou do desmembramento das matas, da plantação de cana-de-açúcar, construções de engenhos e da criação de gado.Estabeleceu, assim o aldeamento que era conhecido como Curralinho, nome que perdurou por bom tempo. Não foi fácil ao desbravador a sua missão. Teve ele de suportar grandes combates com os índios Sabujas e Cariris, descendentes dos Tupinambás,que assolavam a povoação nascente e circunvizinhanças. Não há certeza do desaparecimento dos gentios citados; no entanto, sabe-se, por tradição, que o seu ultimo chefe Baitinga dirigiu-se para as matas da zona de Conquista. Muito influiu no progresso do povoamento o fato de ser pouso obrigatório de tropeiras que viajavam de São Felix e de outras localidades do recôncavo para as Minas do Rio das Contas, adjacências e Estado de Minas Gerias. Na capela existente na fazenda, foi criada, pela Resolução provincial numero 1334 de 28 de junho de 1873, a freguesa, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho. Pela Lei provincial de numero 1987, de 26 de junho de 1880 foi Arraial de Nossa Senhora de Curralinho elevado à categoria de Vila. Essa mesma lei, assinada pelo Bel Antonio de Araújo Bulcão, criou de o Município de Curralinho, desmembrado do de Cachoeira, e instalado na mesma data.